https://bibliotecacatolica.com.brComo se entrelaçam a história da igreja e a história do mundo? Entenda o contexto histórico e o papel da Igreja em cada acontecimento.

Data da Publicação: 25/06/2024
Tempo de leitura:  
Autor: Redação Minha Biblioteca Católica

A história da Igreja Católica está intrinsecamente ligada à história do mundo. Reconhecendo que, embora não sejamos do mundo, vivemos nele, cada acontecimento se torna uma oportunidade de nos aproximarmos da nossa verdadeira pátria: o céu. Por isso, a Igreja não apenas sofre, mas também se posiciona diante dos diversos eventos ao longo dos séculos, como as guerras e revoluções.

Conhecer o contexto de cada época e o papel da Igreja nesses acontecimentos é fundamental para entender como ela permanece firme em meio a tantas transformações sociais, políticas e culturais. Desde os primeiros cristãos até os tempos modernos, a Igreja desempenhou um papel vital na formação da civilização ocidental, sustentando valores de fé, moralidade e justiça.

A Igreja Primitiva e a história dos primeiros cristãos

Catacumbas de São Januário. História da Igreja.
Catacumbas de São Januário.

A Igreja Primitiva, abrangendo do período após a morte de Cristo até aproximadamente 325 d.C., foi uma época de formação e expansão crucial para o Cristianismo. Após a morte e ressurreição de Jesus, os apóstolos começaram a pregar e formar comunidades em Jerusalém.

Depois de Pentecostes, com o discurso de Pedro, cerca de 3.000 pessoas se converteram. Isso marcou o início das primeiras comunidades cristãs, compostas inicialmente por judeus e, por isso, marcadas por muitos de seus costumes.

A disseminação do cristianismo foi significativamente impulsionada pela pregação de figuras como Pedro, que batizou o primeiro gentio, Cornélio, e pela formação de comunidades em locais como Antioquia e Alexandria. Além disso, a mensagem de Jesus começou a se espalhar para fora de Jerusalém, graças ao trabalho dos apóstolos, como Paulo de Tarso.

Ele um judeu romano convertido e sua missão foi fundamental na evangelização dos gentios, pois realizou extensas viagens missionárias que ajudaram a estabelecer comunidades cristãs em diversas regiões do Império Romano, incluindo Chipre, Macedônia, Grécia e Roma.

Durante esse período, a Igreja também enfrentou perseguições, tanto de autoridades judaicas quanto romanas. Sendo assim, os cristãos foram frequentemente acusados de heresia e blasfêmia, sofrendo punições severas. No entanto, essas adversidades apenas fortaleceram a fé e a fraternidade das comunidades cristãs.

Sem dúvida, a dedicação dos primeiros cristãos, mesmo em face de perseguições, estabeleceu as bases para a sobrevivência e o crescimento contínuo da Igreja.

Saiba mais sobre a Igreja Primitiva e tudo o que os apóstolos enfrentaram.

O destino final e a morte de cada apóstolo

Pedro evangelizou principalmente em Jerusalém, Antioquia e Roma. Ele foi crucificado de cabeça para baixo em Roma, por volta do ano 64 d.C., durante a perseguição de Nero.

André, irmão de Pedro, pregou na Ásia Menor, na Grécia e possivelmente na Rússia. Ele foi crucificado em uma cruz em forma de “X” em Patras, na Grécia.

Santo André crucificado em X.

Tiago Maior evangelizou na Judeia e, segundo a tradição, na Espanha. Herodes Agripa ordenou sua decapitação em Jerusalém em 44 d.C.

João, irmão de Tiago Maior, pregou em Éfeso e na região da Ásia Menor. Ele morreu de causas naturais em Éfeso, cerca de 100 d.C., sendo o único apóstolo a morrer de velhice.

Filipe evangelizou na Frígia e na Grécia. Em 80 d.C., seus perseguidores o martirizaram em Hierápolis, crucificando-o ou apedrejando-o.

Bartolomeu pregou na Índia, Armênia e Mesopotâmia. Foi esfolado vivo e decapitado na Armênia, por volta do ano 70 d.C.

Tomé evangelizou na Índia, onde fundou várias comunidades cristãs. Por volta de 72 d.C., seus perseguidores o martirizaram com uma lança em Mylapore, Índia.

Mateus, o publicano, pregou na Etiópia e na Pártia. Foi martirizado na Etiópia, provavelmente morto por espada.

Tiago Menor pregou em Jerusalém. Por ordem dos judeus, jogaram-no do pináculo do Templo e o apedrejaram até a morte, por volta de 62 d.C.

Judas Tadeu evangelizou na Mesopotâmia e na Pérsia. Seus perseguidores o martirizaram na Pérsia, golpeando-o com uma clava.

Simão, o Zelote pregou na Pérsia. Foi martirizado por serragem, provavelmente no ano 65 d.C.

Matias, escolhido para substituir Judas Iscariotes, pregou na Judeia e na região do Cáucaso. Foi apedrejado e decapitado na Colchis (atual Geórgia).

Paulo de Tarso, embora não um dos doze originais, foi um apóstolo fundamental para a expansão do cristianismo na Igreja Primitiva. Evangelizou extensivamente na Ásia Menor, Grécia e Roma. Nero ordenou sua decapitação em Roma, aproximadamente em 67 d.C.

Confira aqui um artigo sobre a conversão de São Paulo.

Veja também:

Queda do Império Romano

A queda do Império Romano do Ocidente em 476 d.C. foi um processo complexo que envolveu vários fatores políticos, sociais e econômicos, no qual a Igreja teve um papel significativo.

Em primeiro lugar, o Império enfrentava crises internas e instabilidades políticas, com disputas pelo poder e corrupção generalizada. A Igreja, entretanto, emergiu como uma força estabilizadora. Figuras eclesiásticas, como o Papa Leão Magno, desempenharam papéis críticos em momentos decisivos. Em 452 d.C., por exemplo, Leão Magno encontrou-se com Átila, o Huno, e conseguiu persuadi-lo a não atacar Roma.

Confira aqui o papel da Igreja durante a Queda do Império Romano.

Além disso, o declínio /blog/formacao/historia-da-igreja-e-do-mundo/?srsltid=AfmBOop_8E-F-6aiLAGU0NvpSmGOzIWongT-SIrbDPL6k9-xktH-hThG